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Saiba como recuperar e evitar a salinização do solo


Muito comum no semiárido brasileiro, principalmente na região Nordeste, a salinização do solo prejudica a germinação, densidade e desenvolvimento vegetativo das culturas, além de reduzir a produtividade e nos casos mais graves, pode levar à morte das plantas. O processo ocorre em regiões mais secas, de baixa precipitação pluviométrica ou que possuem lençol freático próximo da superfície.

No Estado de Alagoas, relatos de horticultores que recebem assistência técnica do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-AL), por meio do programa Agronordeste, se multiplicam.


O primeiro passo para recuperar as propriedades do solo é a adoção de práticas de irrigação e drenagem adequadas. “Também podem ser utilizados condicionadores físico-químicos, que são matéria orgânica e resinas; os químicos, a exemplo do gesso agrícola, e os biológicos, como as plantas halófitas, que conseguem se adaptar às condições mais salinas. Além disso, é necessário fazer uma seleção muito criteriosa das espécies de cultivares, pois elas têm que ser mais tolerantes aos sais e rentáveis”, orienta Luana Torres, coordenadora de Assistência Técnica e Gerencial do Senar Alagoas.



Medicas Preventivas


A salinização ocorre quando a concentração de sais solúveis no solo se eleva ao ponto de prejudicar o rendimento econômico das culturas. Geralmente está relacionada a processos inadequados de irrigação, Luana conta que cerca de 20% a 30% das áreas irrigadas nas regiões áridas necessitam de uma drenagem subterrânea para manter a produtividade e quando isso é feito de maneira imprópria, eleva os níveis de sais no solo. Por outro lado, quanto mais eficiente for o sistema de irrigação, menores serão a lâmina de água aplicada, a quantidade de sal conduzida para o solo, o volume de água percolada e drenada.


De acordo com a coordernadora, o manejo inadequado do solo e o uso indiscriminado de fertilizantes também podem provocar a salinização. O processo causa um efeito indireto, porém, adverso no crescimento das plantas e a destruição do solo, que fica compactado. “Isso ocorre com a dispersão das partículas de argila, causada pela substituição dos íons de cálcio e magnésio, presentes no complexo de troca, pelo sódio. Isso aumenta muito a sodicidade do solo”, comenta Luana Torres.


A professora da FEC explica que, na pesquisa, as amostras de tijolos de gesso misturado a resíduos cerâmicos e de porcelana – igualmente descartados em grande quantidade – foram submetidas à pressão de uma tonelada (10kN), e com adição de pouca água, o que também é favorável em termos de produção. “Os resultados indicaram que o processo de compactação modifica a microestrutura do produto final e fornece um ganho significativo de resistência a compressão e flexão, gerando valores consideráveis em produtos contendo 50% de resíduos. São blocos estruturais e de vedação para construção, efetivamente, e não para acabamento.”


A salinização também reflete diretamente no equilíbrio do ecossistema, provoca perdas na biodiversidade local ao tornar o solo impróprio para o uso e diminui as áreas de produção agrícola


Fonte: Canal Rural


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